quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Uma retrospectiva para o futuro: 5º Congresso, 10 anos do PT na presidência e 33 anos do partido



O Diretório Nacional aprovou texto em sua reunião do dia 8 de dezembro em Brasília. O texto trata da história da reconstrução da democracia no Brasil que caminha junto a trajetória de 33 anos de formação do PT. Fala dos dez anos do partido na presidência da República e da transformação da sociedade brasileira, da inversão de prioridades, da distribuição de renda e de uma série de temas que demonstram o crescimento do Brasil neste período. O documento convoca também para o 5º Congresso do Partido dos Trabalhadores “que reacenderá a voz da militância através dos debates e da construção do futuro do PT”.  


PARTIDO DOS TRABALHADORES
Companheiros e companheiras:

A história da reconstrução da democracia no Brasil, no final do século XX, é inseparável da construção do Partido dos Trabalhadores. Atravessamos mais de três décadas sob o fogo cerrado daqueles setores sociais e seus instrumentos de intervenção política que se constituíram ou prosperaram à sombra da ditadura que oprimiu o país por vinte e um anos.
Quando bombardeiam o PT com sua pesada artilharia, buscam alvejar o sistema político democrático que a sociedade brasileira arduamente construiu a partir das lutas sociais lideradas pelos trabalhadores nesses quarenta anos.
O PT emergiu das lutas sociais dos anos 70 e se converteu na mais expressiva força política de defesa das aspirações populares. Estabeleceu uma profunda identidade com os sonhos e esperanças das camadas mais pobres da sociedade brasileira. E quando assumiu governos em todas as instâncias: nas prefeituras, nos governos estaduais e à frente do país, a partir de 2003, com a vitória do presidente Lula, honrou seus compromissos de combater as criminosas desigualdades sociais e regionais herdadas de 500 anos de pilhagem e privilégios; de aprofundar a democracia e fazer dela uma realidade no quotidiano de nossa gente.
O que está em causa neste momento da vida do PT e do Brasil é a continuidade do processo que desatamos com a posse do presidente Lula em janeiro de 2003 e prossegue liderado pela presidenta Dilma Rousseff que conferiu a estatura que nos corresponde no cenário internacional; de ampliar as conquistas da cidadania às classes populares; de reacender a esperança no coração de milhões de brasileiros.
Incapazes de deter por meios democráticos o processo de transformação da sociedade brasileira, buscam desmoralizar os instrumentos dessa transformação – os partidos – e dessa forma criminalizar a política. O PT se tornou o pesadelo dos conservadores porque está destruindo o sonho acalentado por eles durante séculos: o sonho de uma democracia sem povo.
Não nos combatem pelo que temos em comum com eles. Nos combatem pelo que trouxemos de novo, de inédito, de ousado, de generoso. Nos combatem porque trouxemos Lula, o operário – criador e criatura do Partido dos Trabalhadores -, nos combatem porque trouxemos Dilma Rousseff, a mulher militante que sobreviveu ao cárcere, à tortura, às infâmias e se fez porta-bandeira da esperança de nosso povo.
Nos combatem porque resultamos da invencível determinação de sucessivas gerações de militantes, capazes de renovar as instituições do país e de renovar-se a si mesma incorporando as novas dimensões das utopias contemporâneas que nos movem para convertê-las no dia-a-dia de milhões de brasileiros e brasileiras.
O V Congresso (cuja convocatória inaugura os debates de agora até fevereiro de 2014) será o momento de recobrar em nossa voz – na voz da militância -, a voz dos que não puderam palmilhar a contraditória manhã que acendemos no coração da tempestade, nos olhos de nossa população… E com o vasto coro dos filhos da margem responder “pela voz do peão que ecoa a força dos séculos” aos que sempre nos desejaram o pelourinho, o sal, a cinza, a morte: trinta e três anos depois, “para nascer, nascemos…”
Em 1º. de janeiro de 2013, o Brasil vai comemorar o 10º. aniversário da instalação no Brasil de um governo liderado pelo Partido dos Trabalhadores. O Partido dos Trabalhadores esteve à frente da grande transformação que o Brasil passou a viver nesse período, primeiro com Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência e, mais recentemente, com Dilma Rousseff, como sua sucessora. As mudanças desse decênio devolveram o crescimento a um país estagnado nas duas últimas décadas do século XX. Mais que isso, elas recuperaram a auto-estima do povo brasileiro.
A expansão da economia combinou-se, pela primeira vez em nossa história, com a criação de 18 milhões de empregos formais, com o aumento da renda dos trabalhadores, com um forte processo de inclusão social, que atacou a pobreza e as desigualdades. A inflação foi controlada e diminuída a relação da dívida interna e PIB. O Brasil diminuiu consideravelmente sua vulnerabilidade externa, acumulou cerca de 400 bilhões de dólares de reservas e deixou a condição de eterno devedor para passar hoje a credor do Fundo Monetário Internacional. Essas profundas mudanças projetaram nosso país globalmente, em um mundo marcado por intensas transformações econômicas, sociais, políticas e culturais e, nos últimos anos, pela incerteza em relação ao futuro da humanidade. Nossa política externa permitiu fortalecer as relações do Brasil com a América do Sul e com o resto da América Latina e o Caribe. Aproximamo-nos da África, do mundo árabe e dos países do Sul. No BRICS, no IBAS, no G20 e na ONU, defendemos profundas mudanças na ordem econômica, social e política internacional. Defendemos também os Direitos Humanos, o multilateralismo, a preservação do meio ambiente e a solução pacífica dos conflitos internacionais. Toda essa mudança deu-se em um quadro de aprofundamento da democracia e com crescente participação popular.
Mas um partido comprometido com a transformação socialista e democrática da sociedade brasileira, sem descuidar das importantes tarefas que lhe são impostas pela conjuntura, deve erguer o olhar, mais além do cotidiano, e ocupar-se também dos problemas de dimensão estratégica que tem pela frente; aqueles de cujo enfrentamento depende o futuro do país. Trinta e três anos após sua fundação e passados dez anos do início do Governo Lula, o PT vive um desses momentos. Nosso partido tem uma dupla e complexa tarefa: apoiar os Governos que ajudou a eleger, mantendo sobre eles uma permanente e generosa vigilância crítica; e atuar na sociedade para alterar a correlação de forças, para tornar possível avançar em direção aos nossos objetivos históricos e estratégicos. O exercício dessas duas tarefas nos impõe uma reflexão que reconstitua nossa trajetória e projete um caminho de transformações para o futuro. É chegada, assim, a hora de convocar um novo Congresso – o Quinto Congresso do Partido dos Trabalhadores para fevereiro de 2014, ano no qual disputaremos, uma vez mais, a Presidência da República, as eleições para a Câmara, Senado, Governos e Assembléias estaduais. Mas, para vencer esses pleitos, teremos de disputar também os corações e as mentes dos brasileiros. Teremos de apontar para o futuro.
O PT não foi capaz, até agora, de construir plenamente uma narrativa sobre o período histórico que se iniciou em 2003 e se estende até hoje. Essa lacuna, que se explica pelas muitas tarefas que nos ocuparam nesses anos, tem conseqüências. A ausência de um balanço aprofundado de nossa experiência de Governo e de nossa presença na sociedade dificulta a construção e continuidade de nosso projeto político. Esse vazio abre espaço para tentativas de desconstrução de nossa obra governamental e de nossas políticas. Em vários momentos, inclusive no atual, setores da oposição buscam desqualificar o PT, seus dirigentes e nosso governo. Os partidos tradicionais de oposição – em aberta crise, por falta de propostas alternativas – são substituídos por meios de comunicação, corporações ou grupos incrustados em setores do aparelho de Estado.
A economia, a política e a sociedade brasileiras mudaram muito nesta década, em grande medida como decorrência das transformações que o PT, seus aliados e o Governo impulsionaram. O simples fato de havermos retirado da pobreza mais de 40 milhões de homens e mulheres tem enormes implicações. Mas a formação de novas classes ou segmentos sociais não é expressão única da incorporação de novos setores aos mercados de trabalho e, principalmente, ao de consumo. Uma classe social não se define apenas, nem principalmente, por sua capacidade de consumir produtos que antes lhes eram inacessíveis. As classes sociais não se encaixam no abecedário no qual são segmentadas nas pesquisas de mercado e/ou eleitorais – A,B,C ou D. A mobilidade social que experimentamos implica também mudanças de valores, demandas imateriais, em exigências novas em relação àquelas do passado, sobretudo em uma sociedade que passa por acelerada transformação como a brasileira. Os principais beneficiários das transformações ocorridas no país somente se identificarão com as forças políticas que as produziram a partir da ação coletiva e da compreensão partidária deste fenômeno. Não entender isso pode significar que os principais beneficiários das transformações ocorridas no país não sejam capazes de reconhecer-se e identificar-se com as forças políticas que produziram essas mudanças.
Diferentemente de uma visão economicista vulgar, a consciência de classe se constrói também – e talvez, sobretudo – no entrechoque de culturas e de idéias e na ação coletiva. Hoje, as idéias e a cultura dominantes expressam ainda, e predominantemente, os valores dos que até agora controlaram o Estado, os meios de comunicação e todos os aparelhos vinculados à produção e à reprodução da cultura. A reflexão sobre esses temas pelo PT, mais do que um exercício intelectual necessário, é uma exigência política inadiável.
A grande transformação realizada não pode ocultar a existência de uma volumosa agenda de mudanças pendentes: sociais, econômicas, político-institucionais, culturais. Apesar dos avanços alcançados, ainda persistem desigualdades sociais, bolsões de miséria e expressivos setores da população que ainda vivem na pobreza. A exclusão não se expressa apenas em termos de renda. Tem outras manifestações importantes: baixos níveis de educação; deficiente formação para o mundo do trabalho; precárias condições ambientais, de habitação, de saneamento, de mobilidade urbana e de acesso à saúde; baixa proteção em relação às manifestações de violência do crime organizado, das polícias ou de expressões domésticas, como aquelas que se exercem cotidianamente contra as mulheres, os negros, os jovens, os homossexuais ou os presos. A exclusão também se manifesta, muitas vezes, pela recusa, quando não pela criminalização da política. Muito foi feito nestes dez anos, mas ainda é insuficiente. Por isso, faremos avançar mais.
Uma das particularidades da sociedade brasileira, apontada e criticada pelos grandes pensadores que se dedicaram a analisar nossa formação social, é a de termos realizado as grandes transformações econômicas, sociais e políticas de nossa história por meio da conciliação. A Independência não foi resultado de um processo de libertação nacional, como no resto da América Latina, mas do acordo com a metrópole colonial. O fim da escravidão, apesar das revoltas negras e do Abolicionismo, resultou de um ato tardio da Coroa, que deveria ter ocorrido muitas décadas antes. O advento da República não configurou uma ruptura significativa na sociedade. A partir de 1930, a despeito das profundas mudanças processadas na era Vargas, foram preservados os interesses do latifúndio. O fim da ditadura, nos anos 80, não decorreu das reclamadas eleições diretas pela sociedade, mas de um acordo entre a maioria da oposição e segmentos que haviam dado sustentação ao regime militar. Alguns procuraram ver, também, no período pós-2003 a persistência desse viés conciliador. Creditaram o êxito do Governo Lula à sua capacidade de incluir milhões de pobres e miseráveis, proteger e expandir o emprego e a renda dos trabalhadores, mas, ao mesmo tempo, de beneficiar o capital financeiro, o agronegócio e os monopólios da mídia, além dos grupos do capital produtivo. No plano político-institucional, como expressão das distorções do sistema político, impôs-se a constituição de um bloco mais amplo de partidos – de esquerda e de centro – para dar sustentação parlamentar ao Governo. Essa percepção pode encobrir, no entanto, questões cruciais. A expansão da renda dos trabalhadores e a inclusão de dezenas de milhões de homens e mulheres ao mercado de bens de consumo de massas, embora não tenham estimulado o desenvolvimento sem ameaçar o capitalismo, sofreu e sofre uma oposição brutal de setores das classes dominantes. Oposição que recrudesceu, sobretudo quando sobreveio a crise global. A verdade é que os donos do poder não aceitam essa irrupção de pobres na vida social e política do país.
Certamente também porque temem as reformas estruturais, como a tributária, agrária e política. O êxito de um nordestino, sem educação formal, como Presidente da República e sua gravitação internacional era inaceitável para setores da sociedade que se acostumaram a dirigi-la a partir de seus preconceitos e segundo suas normas hierárquicas. Era plenamente “normal” que o poder fosse exercido por doutores, banqueiros, grandes proprietários. Passou a ser “intolerável” que sindicalistas, dirigentes de movimentos populares, intelectuais críticos pudessem participar da condução da República, vencendo três vezes a Presidência da República, duas com Lula e uma com Dilma, a primeira mulher a dirigir a República no Brasil.
A história do século XX e dos primeiros anos deste século mostra como as classes dominantes e seus aparelhos reagem contra governos que vão na contramão de seus interesses particulares. Vargas suicidou-se para deter insidiosa campanha de forças políticas, meios de comunicação e outros agentes inconformados com sua política nacionalista e de fortalecimento do Estado. Dez anos depois, por razões semelhantes, esses mesmos atores se reuniriam para derrubar o Governo João Goulart e impor vinte anos de ditadura ao país. No período que antecedeu as eleições de 2002 desencadeou-se uma campanha de medo com o objetivo de impedir a eleição de Lula para a Presidência. A partir de 2003, de forma intermitente, tratou-se de anular os notórios êxitos do Governo, com campanhas que procuravam ou desconstruir as realizações do Governo Lula (o que havia de bom era apresentado apenas como o resultado da herança de FHC) ou tachá-lo de “incapaz” e “corrupto”. Sabe-se que denúncias sobre corrupção sempre foram utilizadas pelos conservadores no Brasil para desestabilizar governos populares, como os já citados casos de Vargas e Goulart. Grandes episódios de corrupção – a votação da emenda da reeleição de FHC, os turvos processos de privatização nos anos 90 ou o Governo Collor, para só citar alguns exemplos notórios – nunca mereceram uma investigação que levasse seus responsáveis à punição pela Justiça. Essa constatação não pode, no entanto, eludir o tema da corrupção de nossas preocupações. O repúdio ético e moral que esse fenômeno provoca tem de incitar, porém uma reflexão mais abrangente. A corrupção vence onde persiste um Estado vulnerável a pressões de grupos e corporações e onde o sistema político não permite a clara expressão da vontade popular. Onde a República é fraca. Nos últimos dez anos, as denúncias de malfeitos no Brasil se viram beneficiadas pela absoluta liberdade de imprensa reinante, pelo funcionamento livre e independente dos poderes da República, em particular pela ação de organismos do Executivo como o Tribunal de Contas da União, a Controladoria Geral da República, a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal, todos eles revalorizados, funcional e materialmente, pelos nossos governos.
O PT reafirma seus compromissos com a ética na política e com o combate à corrupção e redobra seus mecanismos internos de vigilância contra os malfeitos. Mas não devemos esquecer jamais o que esteve e está efetivamente em jogo nestes anos. A política econômica dos Governos Lula e Dilma atacou a principal mazela da sociedade brasileira – a desigualdade. Com isso mostrou a relação indissolúvel entre democracia política e democracia econômica e social. A desigualdade não era apenas uma perversão de nosso sistema social, mas um mecanismo de dominação política que se revelou “eficaz” para as classes dominantes por séculos. Por isso, é tão importante a plena realização da reforma agrária, capaz de atingir um dos pilares da desigualdade. O combate à desigualdade fere estrategicamente interesses de grupos minoritários, mas poderosos. Da mesma forma, o fortalecimento do papel econômico do Estado, a redução dos lucros escorchantes do capital financeiro ou o enfrentamento de grandes grupos do setor energético, para só citar algumas medidas, provocam resistências naqueles grupos que exerceram o poder até bem pouco tempo sem grandes restrições. O fato de que essa transformação se dê nos marcos legais, com aprofundamento da democracia, com preservação e expansão das liberdades públicas incluindo a demanda por mais direitos e reformas do Estado e da política, deixa setores da oposição em uma situação cada vez mais desesperada.
É chegada a hora de construir uma narrativa que reconstitua e problematize estes dez anos de mudança e identificar os grandes desafios que temos pela frente para poder traçar um caminho futuro. Questões imprescindíveis desse debate são a explicitação de uma estratégia econômica que nos permita acelerar nosso crescimento e aprofundar as mudanças em meio a uma das mais graves crises da economia mundial dos últimos cem anos. Essa estratégia deve dar sustentabilidade econômica, social e ambiental a nosso desenvolvimento propiciando uma competitividade fundada na ciência, tecnologia e inovação e na expansão das conquistas sociais. O crescimento acelerado da economia é fundamental para assegurar um efetivo processo de inclusão social, por meio da construção de uma sociedade de bem-estar onde sejam garantidas a todos educação e saúde de qualidade, segurança e justiça rápida e efetiva, condições ambientais adequadas, acesso aos bens culturais da Nação e da humanidade, meios de comunicação plurais e independentes, proteção dos Direitos Humanos, especialmente daqueles setores mais vulneráveis. A democratização do país passa pela ampliação da participação social e pela reforma do Estado e de suas instituições – Executivo, Legislativo e Judiciário, assim como pela laicidade do Estado e da sociedade. A liberdade de expressão será assegurada e deve se expandir, pelo estímulo ao debate, pela multiplicação de foros e de instrumentos plurais de confrontação e de difusão de idéias.
O debate dos documentos que venham a ser produzidos para o Quinto Congresso, a partir de uma pauta que reflita as preocupações até aqui apontadas, e outras que sejam suscitadas, deve se fazer de cara à sociedade brasileira. O fato de ser um Congresso partidário – de uma parte do país, portanto – não pode permitir que se erga uma muralha entre o PT e o conjunto da sociedade brasileira. O partido encontrará os meios de fazer com que nossos debates internos − em meio ao Processo de Eleição Direta (PED) de nossas direções − sejam permeados pelas vozes da sociedade que nos têm acompanhado há décadas, apoiando-nos ou exercendo a crítica construtiva de nossas idéias e ações.
O Congresso deverá dedicar um espaço importante para analisar a situação e as perspectivas do Partido dos Trabalhadores. Impõe-se não só a realização de um profundo balanço de nossa trajetória, como um movimento que fortaleça nossas definições programáticas e nossa capacidade de intervenção na conjuntura. Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que obtinha sucessivas vitórias eleitorais e realizava importantes reformas em nossa economia e sociedade, o PT perdeu densidade programática e capacidade de mobilização sobre setores que nos acompanharam nos primeiros anos de nossa existência. O debate interno está rarefeito. Sofremos um processo de burocratização e assistimos a um debilitamento de nossas instâncias coletivas de direção. Importantes conquistas democráticas de nossa vida partidária – como o direito de tendências ou a participação de mulheres nas direções – ainda convivem com sinais de perda de vitalidade de nossa vida interna. Muitos “setoriais” estão afastados das problemáticas e dinâmicas reais dos segmentos que pretendem representar. A despeito da imagem altamente positiva que nossos Governos e nosso Partido têm no mundo, ainda não ocorreu um efetivo movimento de internacionalização do PT, absolutamente necessário neste momento de profunda crise que atravessa a economia mundial e, com ela, a política e as idéias de esquerda. Esse movimento deve comprometer o conjunto do Partido.
A dissolução da União Soviética e do chamado “campo socialista”, a deriva da Socialdemocracia, os rumos seguidos pela República Popular da China, para só citar alguns fenômenos maiores das últimas décadas, lançaram uma profunda incerteza sobre o ideário socialista. Nascido nos anos em que essa crise começou a se fazer mais evidente e herdeiro de tradições democráticas e libertárias, o PT resistiu aos descaminhos desses projetos socialistas, não sendo constrangido pela aparentemente irresistível ascensão do neoliberalismo ou pelo proclamado “fim da História”. Ao contrário, fizemos a História andar em nosso país. Mas, ainda que tenhamos dado respostas práticas e alternativas aos desafios do presente, não fomos capazes de construir nem mesmo um esboço de um novo e abrangente ideário de esquerda – socialista e democrático – que pudesse abrir perspectivas àqueles que sofrem a orfandade de uma generosa utopia, sobretudo naquelas partes do mundo onde a crise econômica e social ceifa esperanças; onde a política é substituída por arranjos tecnocráticos, que produzem desilusão e impotência. Dar, pelo menos, alguns passos para reinstaurar o socialismo como horizonte político, ajudar a reconstruir uma cultura política de esquerda, aí estão tarefas a que devemos nos dedicar em nosso Congresso.
Brasília, 8 de dezembro de 2012
Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Projeto busca oferecer barco adaptado para pessoas com deficiência


              O deputado Henrique Fontana deu mais um passo no trabalho para garantir a ampliação dos direitos das pessoas com deficiência.
              Na última semana, o parlamentar se reuniu com o diretor da empresa Nautiflex, Anésio Scherer, e o diretor de comunicação, Alcione Motta, para discutir um projeto de embarcação adaptada para pessoas com deficiência.
               Segundo Fontana,o objetivo é ampliar as possibilidades de esporte dentro do esforço nacional do programa Viver Sem Limites do Governo federal, em parceria com estados e municípios.





sexta-feira, 30 de novembro de 2012




http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=hnwfqHFoDAI

Plenária Estadual Esquerda Democrática




  Companheiras e companheiros!   

No último domingo, 25 de novembro, a corrente interna do PT Esquerda Democrática realizou plenária estadual para fazer um balanço do processo eleitoral, debater a construção partidária, avaliar as conjunturas estadual e nacional , além da organização da nossa corrente.
O encontro reuniu mais de 400 pessoas de todas as regiões do Estado, no salão da Igreja Pompéia em Porto Alegre.

As resoluções aprovadas por unanimidade pelo nosso plenário foram:

- Apoio à reeleição do governador Tarso Genro com uma composição que mantenha a aliança com os partidos que hoje governam o Rio Grande do Sul: PT – PSB – PCdoB – PDT – PTB – PPL;

- A Esquerda Democrática vai apresentar um candidat@ à Presidência do PT/RS para composição de um campo de alianças internas para debater com profundidade os rumos do partido;

- Incorporar a presença das mulheres nas composições dos governos municipais e constituir conselhos municipais das mulheres, secretarias ou coordenadorias municipais de políticas públicas para as mulheres com compromisso de tod@s prefeit@s e vereador@s da Esquerda Democrática;


- Incorporar a paridade de gênero na composição das instâncias de direção do PT e da corrente;

- Incorporar a presença de jovens nas composições dos governos municipais e constituir conselhos municipais de juventude e secretarias ou coordenadorias municipais de políticas públicas para juventude com compromisso de tod@s prefeit@s e vereador@s da Esquerda Democrática;

- Realização de Plenárias Municipais:Organização da ED e  Como preparar o PT para paridade de gênero, organização da juventude e igualdade racial;

- O PT precisa colocar para dentro do partido o apoio real que tem na sociedade, incluir as pessoas;

- Realização de uma Plenária Estadual em março de 2013 para escolha da nova direção estadual; as plenárias municipais irão preparar os nomes para compor as nossas instâncias;
  
- Elaboração de documento com posições internas da Esquerda Democrática em três semanas – coordenado pelos companheiros Marcelo Danéris e Zelmute Marten;

- Realizar Encontro Estadual das vereadoras e vereadores da Esquerda Democrática na primeira quinzena de março de 2013;

- Ampliar campanha de filiações ao Partido dos Trabalhadores de forma qualificada, consciente e que contribua efetivamente com a construção do partido;

- Constituir um fórum permanente de gestores da Esquerda Democrática sob a coordenação da Deputada Estadual Stela Farias, secretário-geral da ED Zelmute Marten e a companheira Ivarlete;

Carta às Prefeitas(Vices)e aos Prefeitos(Vices)do Partido d@s Trabalhador@s


Secretaria de Mulheres
Partido dos Trabalhadores/RS

CARTA ÀS PREFEITAS (VICES) E AOS PREFEITOS (VICES)
Partido dos Trabalhadores

                        Exercendo o direito à cidadania as mulheres ampliaram suas conquistas. Estamos em todos os espaços, em todas as profissões, participando ativamente da vida social, política e comunitária. Essas conquistas são resultado de luta histórica do movimento feminista, de vários movimentos de mulheres e de muitas mulheres engajadas na luta social e na complementação e efetivação de políticas públicas que contribuem para a construção da democracia no Brasil.
Assim estamos seguindo rumo ao fortalecimento da autonomia e da cidadania das mulheres. Para isso, é necessário mantermos as conquistas e avançarmos ainda mais no exercício dos direitos e das oportunidades geradas por este grandioso esforço de mudar o Brasil, o Rio Grande e nossos Municípios.
Isso significa rompermos com todas as formas de opressão, de discriminação de sexo, de raça/etnia, de orientação sexual, de geração e das pessoas com deficiência. Acabar com o machismo, racismo, homofobia e lesbofobia, ainda é um grande desafio d@as noss@as governantes.
                        Em 2012 as mulheres ampliaram sua participação nas Prefeituras e nas Câmaras de vereadores em todo país. Precisamos avançar. Para tanto, apresentamos por meio desta Carta, as orientações que desejamos ver incorporadas por todos os companheiros e companheiras Prefeitos e Prefeitas, vice-prefeitos e vice-prefeitas, de nosso Partido nas ações de governo no período 2013/2016:
I.        Organismos de Políticas para as Mulheres:
·      Criar e/ou fortalecer os Organismos de Políticas para as Mulheres (Secretarias/Coordenadorias/Assessoria) em espaços de poder e decisão, com orçamento próprio, estrutura física e recursos humanos que possibilite elaborar, articular, coordenar e executar políticas públicas para as mulheres;
·      Garantir a inserção das mulheres como sujeitas integrantes do desenvolvimento econômico, incentivando iniciativas produtivas e geração de renda, capacitação para a gestão de negócios, qualificação para trabalhadora urbana e rural oportunizando as condições necessárias (transporte, atendimento infantil...);
·      Ampliar a participação da mulher em todos os espaços de poder garantido efetivamente a participação das mulheres nas Secretarias Municipais e Cargos de poder na Prefeitura;
·      Garantir previsão orçamentária suficiente para dar condições de desenvolver programas executáveis e ações voltadas as questões de gênero.

II.      Autonomia das Mulheres:
·         Desenvolver, apoiar e disseminar estudos e pesquisas sobre temáticas de gênero, organizando indicadores e estatísticas municipais e outras formas necessárias para subsidiar as definições de políticas para as mulheres e sua participação social;
·         Formular, desenvolver e implementar políticas, programas e projetos para as mulheres na área do mundo do trabalho, empreendedorismo e autonomia econômica e financeira das mulheres diretamente ou em parceria com organismos não governamentais;
·         Promover a socialização do trabalho doméstico e do cuidado garantindo as mulheres tempo para lazer, estudos e trabalho;
·         Educar para a igualdade garantindo uma educação não sexista, com programas de formação e capacitação para homens e mulhers;
·         Enfrentar e combater todas as formas de violência contra a mulher fortalecendo a implementação da Lei Maria da Penha;
·         Garantir que as políticas habitacionais contemplem a construção de casas com titularidade das mulheres e a regularização fundiária em nome destas;
·         Garantir acesso a todas as mulheres à assistência social, à saúde com qualidade, com todas as condições para assegurar os direitos sexuais e reprodutivos e ainda tratamento especial às doenças características das mulheres em todas as fases da vida;
·         Implementar mecanismos de proteção e valorização do trabalho das mulheres atendendo as suas especificidades tais como: garantia de salários iguais, coibição de todas as formas de assédio moral e sexual;
·         Promover o desenvolvimento de políticas públicas e de campanhas na sociedade estimulando a construção de valores baseados nos direitos humanos;
·         Criar e incentivar mecanismos que proíbam a veiculação de publicidade por quaisquer meios de comunicação que fizerem uso do corpo da mulher  de forma apelativa expondo-a como objeto e símbolo sexual;
·         Implementar políticas que preservam o meio ambiente e que garantam qualidade de vida;
·         Garantir a política de transversalidade em todas as áreas garantindo a política de gênero. 

            Nós, companheiras da Secretaria Estadual de Mulheres nos colocamos a disposição para auxiliar na implementação destes organismos e/ou políticas públicas através do nosso Coletivo Estadual.
                                                                       Porto Alegre, 23 de novembro de 2012.


Rejane Muniz de Oliveira - Secretária
rejanemoliveira@gmail.com
(51) 95537159
 Maria Emilia Guerreiro Oliveira – secretária adjunta
emiliaguerreiro@yahoo.com.br
(51) 85931309
Alzira Alberton - Carina Silva   - Clara Denise Fernandes - Claudia Prates
Catherine Topper - Edna Regina de Assunção Gomes - Euli Marlene Necca Steffens
Janete De Souza Marques - Luciane Barcellos de Almeida - Maria Celeste Silva
Simone Schäffer - Telassim Lewandowski - Vera Quintana - Yara Regina


quinta-feira, 29 de novembro de 2012


 
No próximo ano o Partido dos Trabalhadores realiza o Processo de Eleições Diretas (PED). Método instituído desde 2001, através do qual os filiados elegem seus dirigentes em todo o país, de forma direta e democrática. Com mais de 1,5 milhão de petistas de carteirinha, o PT é o único partido brasileiro que adota esse sistema.
Em entrevista ao PT na Câmara,o presidente nacional do partido e deputado estadual Rui Falcão disse que, mais uma vez, o PT sai na frente ao estabelecer, no PED/2013, 50% das vagas de direção às mulheres. “Vamos consagrar nesse PED, a nossa ideia de igualdade de gênero”, orgulha-se Rui Falcão.
Outro exemplo da vanguarda petista, adiantou Rui Falcão, diz respeito à cota de 20% para jovens na composição da direção. Essa é mais uma medida estabelecida no estatuto do partido que, segundo o presidente nacional, será respeitada nas eleições internas de 2013. De acordo com o parlamentar, o intuito é renovar o partido.
Novidade – Rui Falcão informou que pretende apresentar em dezembro, na reunião do Diretório Nacional, dias 7 e 8 próximos, a proposta de convocação do 5º Congresso para fevereiro de 2014. A novidade é que, segundo ele, as forças políticas do PT poderão apresentar a proposta de tese ao Congresso, já no próprio PED/2013.
As novas mudanças na composição dos quadros partidários estão instituídas no estatuto partidário alterado no Congresso nacional do PT de 2010.
Expectativa - O presidente do PT disse ainda que pretende fazer um PED que não se concentre nas disputas internas, mas que privilegie “propostas que sirvam para fazer interlocução dentro do partido e com a sociedade”. Ele tem a expectativa de ampliar o número de participação dos filiados.
No PED de 2001, explicou, período em que foi instituído esse procedimento, compareceram cerca de 230 mil votantes. Em 2005, com a crise política envolvendo dirigentes do partido, 315.342 filiados foram às urnas eleger a direção. “Foram mais de 300 mil filiados dando resposta àqueles que diziam que o PT ia acabar”, refutou. Em 2009, lembrou, mais de 500 mil filiados compareceram às urnas.
“Espero que a gente possa ter ainda mais filiados votando e debatendo ideias no PED 2013. Terminado esse processo, temos aquilo que é a marca do PT: muita diversidade, mas unidade na ação”, concluiu Rui Falcão.
Para o líder da bancada do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT-SP) e o deputado André Vargas (PT-PR), secretário de Comunicação do PT, o PED é um exemplo para a política brasileira.
“É um método consolidado que fortalece o partido internamente, permite o exercício pleno da democracia e serve de exemplo para todo o país”, disse o líder. De acordo com Tatto, esse processo instituído pelo PT contribui nacionalmente ao debater temas e apresentar propostas que dão rumos ao país.
Na avaliação de André Vargas, o PED é um dos fatores de crescimento partidário. “O PT não é um partido de práticas tradicionais. Ele sempre inova na política, permitindo aos filiados e militantes debater, deliberar, influenciar e escolher a sua direção e os rumos políticos do país. E o PED é um processo que contribui com o crescimento do partido e é motivo de orgulho para nós”, disse André Vargas.
Em novembro de 2013 o PT realiza a eleição de dirigentes em todos estados e municípios que o partido é constituído.
 
fonte: pt na câmara

terça-feira, 29 de maio de 2012


         De Atenas a Porto Alegre, seja mais rápido, sustentável e feliz agora: vá de bici!



        Desde a antiga Grécia, a felicidade foi a resposta dos filósofos quando a pergunta era sobre o sentido da existência humana. De fato, o que buscamos, no final das contas, é ser feliz. 
Mas nem Sócrates, Platão ou Aristóteles podiam prever que as ruas e praças de Atenas, locais onde a democracia foi criada, seriam o espaço da opressão, do confinamento, da ruptura dos laços sociais, da perda de qualidade de vida e da destruição do planeta. 
E não se trata de linguagem figurada: estive em Atenas em 1992 representando o Brasil no Campeonato Mundial de Ciclismo e circulei por um trânsito caótico e agressivo. Excesso de carros, excesso de stress, excesso de poluição. Os gregos, agora mergulhados numa das maiores crises financeiras, são famosos em toda a Europa pela forma descontrolada que guiam seus automóveis.
       Em Porto Alegre não é muito diferente: nossas ruas, e algumas praças inclusive – tal como o Largo Glênio Peres – também estão abarrotadas de automóveis, e se tornaram o palco das tragédias humanas, e também das esperanças de um mundo melhor. 
       Em determinados horários, a cidade praticamente para, mas felizmente não para todos. A bicicleta surge como uma flor no meio de um pântano de CO2.  Em termos de rapidez, realizamos há pouco o Desafio Intermodal, e demonstramos que a bicicleta é o veículo mais rápido em comparação com o automóvel ou o ônibus. Tal teste foi inclusive noticiado (Zero Hora, 10/05/2012, página 46).
        Mas qual a relação entre a bicicleta e a felicidade? Quem faz esta pergunta provavelmente nunca andou de bicicleta. Já na primeira pedalada você descobre o que significa ser mais feliz, mais livre, mais conectado com a cidade e com as outras pessoas; um sentimento de pertencimento, de proximidade, de simplicidade, de convivência, de bem estar, de saúde, de não destruição do planeta. Não é a toa que o título do livro de um dos idealizadores da Massa Crítica se chama Nowtopia (Utopia do Agora). Lá de São Francisco na Califórnia, Chris Carlsson nos ensina que, andar de bicicleta é uma das melhores formas de ser mais feliz, e ser mais feliz agora. Basta subir na bicicleta e pedalar. 
         Através da nossa associação – Laboratório de Políticas Públicas e Sociais – estamos realizando a Escola da Bicicleta para adultos. No domingo que passado, nossas alunas deram um passo importante em suas vidas. Era só olhar o rosto delas para entender tudo o que estou querendo dizer neste artigo. Seja mais feliz agora, vá de bici!


Marcelo Sgarbossa
Advogado e Professor Universitário
Diretor do Laboratório de Políticas Públicas e Sociais - Lappus

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Diálogos

Entre no site e participe das agendas de mobilização!


clique aqui Diálogos com Porto Alegre

PT indica Ary Vanazzi para presidência da FAMURS

P1060923 (450x300) Ary Vanazzi é o nome do PT para a presidência da Famurs. Pela primeira vez, o Partido dos Trabalhadores chega a presidência da entidade “e pretende deixar a marca da democratização, interiorização e da realização de política públicas nos municípios” salientou o prefeito eleito, “estamos conscientes da nossa responsabilidade e vamos trabalhar com todos os partidos para realizar a pauta que norteará a atuação do PT frente a entidade”, anunciou Ary Vanazzi.
  leia mais em

http://portal.ptrs.org.br/2012/05/pt-indica-ary-vanazzi-para-presidencia-da-famurs/

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Mobilização


AGENDA DE MOBILIZAÇÃO 23 À 27 DE MAIO - DEP. ADÃO VILLAVERDE


23/05 - QUARTA-FEIRA

11 HORAS - Panfleteação no Largo Glènio Peres - Centro

19 HORAS - DIALOGOS COM PORTO ALEGRE TEMÁTICO - TEMA SAÚDE - AFOCEFE P- Andradas, 1234/21º

24/05 - QUINTA-FEIRA

19 HORAS - Exibição do Documentário Vale Apena Sonhar - comemorações dos 100 anos de Apolônio de Carvalho - Local - Teatro Dante Barone - ALRGS

25/05 - SEXTA-FEIRA

17 HOAS - Bandeiraço e panfleteação no Viaduto da Av. João Pessoa com Perimentral

26/05 - SÁBADO

10h 30 min - Participa da Caminhada Comuinitária mandato Vereadora Celeste na Vila Mario Quintana - Humaitá Navegantes

15 HORAS - CAMINHADA COMUNITÁRIA VILA JARDIM BENTO GONÇALVES/VILA CABO BEIJAMIN - Chacára dos Bombeiros - PARTENON - acompanhamento Antônio Matos e Zonal 113 e 159.

27/05 - DOMINGO

9 HORAS - Banca no Brique da Redenção - Box 6

10 HORAS - VISITA A FEIRA DA OTTO/CAVALHADA - Direção da Zonal 160.


PARTICIPE.

COORDENAÇÃO DE MOBILIZAÇÃO MUNICIPAL DO PT/POA

terça-feira, 22 de maio de 2012


    Dia 23 de maio, às 17h ocorrerá a entrega da Medalha Negrinho do Pastoreio pelo Governador Tarso Genro à D.Renée France de Carvalho.
   Local: Palácio Piratini

segunda-feira, 21 de maio de 2012



Diálogos Temáticos com Porto Alegre

Prezados/as companheiros/as

Estamos iniciando uma nova etapa no processo de construção do programa de Governo. Trata-se dos "Diálogos Temáticos com Porto Alegre". Eles iniciam na próxima quarta feira (23 de maio) com o diálogo temático sobre a Saúde. O último desta série será o diálogo temático sobre os Instrumentos Metropolitanos de Desenvolvimento e será realizado no dia 25 de junho. Nossa intenção é aprofundar o primeiro diagnóstico produzido pelos setoriais do PT, plenárias zonais e de bairro. É importante salientar que eventuais contribuições sejam enviadas por escrito (já recebemos várias) para que possamos sistematizá-las e construir um quadro mais amplo possível de balanço e propostas sobre os desafios colocados para Porto Alegre.

Já está no ar o site www.dialogoscomportoalegre.com.br e será por meio dele que iremos divulgar as datas e a repercussão dos nossos debates. Todas as contribuições e demais registros poderão ser alojados nesse portal.

Por fim, a etapa dos Diálogos Temáticos com Porto Alegre não encerra as discussões, pois a partir deles, teremos de nos debruçar no trabalho de transformar o conjunto de propostas em projetos consistentes e assim subsidiar os posicionamentos do companheiro Adão Villaverde. As elaborações construídas nesse processo retornarão às comunidades e demais atores no sentido de aprimorarmos cada vez mais o nosso programa, explorando o potencial participativo e mobilizador representado pelo espírito dos diálogos realizados até aqui.

Contamos com vocês!

Rodrigo Campos e Reginete Bispo
Coordenação do Programa de Governo - Projeto Diálogos com Porto Alegre
Contatos: Rodrigo 93417373 e Reginete 84088477

CALENDÁRIO

TEMA: Ações do município para melhorar as políticas para Saúde
OBJETIVO: Promover uma análise mais detalhada das fragilidades dos SUS na capital; fazer apontamentos sobre as deficiências que permanecem desde o final da Administração Popular; identificar propostas capazes de atacar as fragilidades atuais e aquelas não solucionadas durante o nosso governo.
DATA/ DIA / HORA: 23/05 – quarta – 18:30
Local/Endereço: AFOCEFE Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar, Bairro Centro)

TEMA: Um novo paradigma para Segurança Pública: responsabilidades para o município
OBJETIVO: Atualização do debate sobre a implementação do PRONASCI, apresentando as dimensões em que ele se articula com as comunidades; identificar as ações potenciais da prefeitura, pelo menos em duas direções: articulação social (entre os diferentes atores das políticas de segurança) e iniciativas de responsabilidade direta do poder público municipal (iluminação, guarda municipal).
DATA/ DIA / HORA: 28/05 – segunda - 18:30
Local/Endereço: AFOCEFE Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar, Bairro Centro)

TEMA: Direitos Humanos
OBJETIVO: Organizar a pauta dos direitos humanos na campanha; articulação e mobilização dos segmentos de lutas específicas (Mulheres, Negros e Negras, Juventude, GLBT)
DATA/ DIA / HORA: 29/05 – terça – 18:30
Local/Endereço: AFOCEFE Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar, Bairro Centro)

TEMA: Um projeto de Mobilidade Urbana do ponto de vista de uma cidade sustentável
OBJETIVO: Produzir apontamentos sobre as condições viárias e de crescimento do fluxo de automóveis; compatibilizar o discurso em favor dos meios alternativos de transporte, especialmente as ciclo faixas e ciclovias, com a capacidade de articulá-las com o transporte público; debater as debilidades do transporte público, inclusive lotações e táxis. Aprofundar o debate sobre os desdobramentos do investimento no Metrô.
DATA/ DIA / HORA: 31/05 – quinta – 18:30
Local/Endereço: AFOCEFE Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar, Bairro Centro)

TEMA: Discutindo uma Educação para a Porto Alegre que queremos
OBJETIVO: Debater as diferenças entre o atual modelo pedagógico e o consagrado na gestão da Frente Popular; apontar as fragilidades da política de conveniamento entre prefeitura e as organizações da sociedade civil (creches infantis).
DATA/ DIA / HORA: 04/06 – segunda – 18:30
Local/Endereço: AFOCEFE Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar, Bairro Centro)

TEMA: Meio ambiente e Desenvolvimento Sustentável: construindo políticas públicas
OBJETIVO: Tratar do tema numa perspectiva mais ampla, inserindo temáticas como: tratamento de resíduos (reciclagem), energia e desenvolvimento sustentável. 
DATA/ DIA / HORA: 05/06 – terça – 18:00
Local/Endereço: Casa dos Bancários, Rua General Câmara, 424, centro de Porto Alegre.

TEMA: Gestão, Participação e Controle Social: construindo uma lógica sistêmica
OBJETIVO: Assimilada pelos nossos adversários, essa até então “bandeira programática” requer uma atualização da nossa formulação originária; explorar a perspectiva de sistema de participação e controle social.
DATA/ DIA / HORA: 11/06 – segunda – 18:30
Local/Endereço: AFOCEFE Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar, Bairro Centro)

TEMA: Qual política Cultural para a Porto Alegre que queremos?
OBJETIVO: A cultura, enquanto formadora de identidades e expressão das diversidades, é estratégica para um projeto de desenvolvimento com sustentabilidade e inclusão social. Porto Alegre é um dos mais importantes pólos culturais do país e do Mercosul, mas tem perdido espaço nos últimos governos. Tornar as políticas públicas de cultura da cidade mais ousadas, plurais e eficazes é desafio da próxima gestão.
DATA/ DIA / HORA: 13/06 – quarta – 18:30
Local/Endereço: Hotel embaixador, Rua Jerônimo Coelho, 354, centro de Porto Alegre.

TEMA: Desenvolvimento Econômico, Inovação, Geração de Trabalho e Renda.
OBJETIVO: Integração da cidade à agenda da nova economia em oposição à tese da desindustrialização; discutir as vocações da cidade; aproveitamento do potencial turístico da cidade; política de incentivos à produtividade e o desenvolvimento de uma cultura de inovação.
DATA/ DIA / HORA: 14/06 – quinta – 18:30
Local/Endereço: AFOCEFE Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar, Bairro Centro)

TEMA: Assistência e Políticas Sociais: construindo um sistema de proteção social
OBJETIVO: Retratar o estado das políticas sociais e a relação da prefeitura com as demandas sociais mais sensíveis, como habitação, cultura, lazer; Construir um plano municipal de combate à pobreza extrema.
DATA/ DIA / HORA: 18/06 – segunda – 18:30
Local/Endereço: AFOCEFE Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar, Bairro Centro)

TEMA: Reforma Urbana e política habitacional numa perspectiva inclusiva e sustentável
OBJETIVO: Debater as tensões que permeiam a ocupação dos espaço urbano e a necessidade de reterritorializar Porto Alegre. Articular propostas para um melhor aproveitamento do ciclo de investimentos públicos iniciado pelo Governo Lula e executado pela Presidenta Dilma.
DATA/ DIA / HORA: 20/06 – quarta – 18:30
Local/Endereço: AFOCEFE Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar, Bairro Centro)

TEMA: Serviço e servidores públicos
OBJETIVO: Articular uma plataforma de diálogo com o funcionalismo público a partir do viés da qualificação dos servidores e serviços oferecidos à população. Debater o modo de relação com a pauta política dos servidores municipais.
DATA/ DIA / HORA: 21/06 – quinta – 18:30
Local/Endereço: AFOCEFE Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar, Bairro Centro)

TEMA: Agência Metropolitana de Desenvolvimento
OBJETIVO: Enfrentar o debate do planejamento metropolitano, tanto nos aspectos da mobilidade urbana quanto no conjunto de políticas sociais necessárias à capacitação das pessoas quanto ao enfrentamento da pobreza.
DATA/ DIA / HORA: 25/06 – segunda – 18:30
Local/Endereço: AFOCEFE Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar, Bairro Centro)

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O Brasil e as novas gerações merecem a verdade, afirma presidenta Dilma
16/05/2012 06:07
O Brasil e as novas gerações merecem a verdade, afirma presidenta Dilma

Cerimônia de instalação da Comissão Nacional da Verdade, no Palácio do Planalto

A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (16), no Palácio do Planalto, ao dar posse aos integrantes da Comissão da Verdade, que o Brasil e as novas gerações merecem a verdade. Segundo Dilma, a comissão, que terá prazo de dois anos para apurar violações aos direitos humanos ocorridas no período entre 1946 e 1988, que inclui a ditadura militar (1964-1985), não será pautada pelo revanchismo e pelo ódio.
“O Brasil merece a verdade, as novas gerações merecem a verdade e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia. É como se disséssemos que, se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos, nunca, nunca mesmo, pode existir uma história sem voz. E quem dá voz à história são os homens e as mulheres livres que não têm medo de escrevê-la.”.
Segundo a presidenta, a criação da Comissão da Verdade não foi movida pelo desejo de reescrever a história. Para Dilma, a instalação da comissão é a celebração da transparência da verdade de uma nação que vem trilhando seu caminho na democracia.
“Ao instalar a Comissão da Verdade não nos move o revanchismo, o ódio ou o desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que aconteceu, mas nos move a necessidade imperiosa de conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamentos, sem camuflagens, sem vetos e sem proibições”.
Dilma afirmou que os sete integrantes da Comissão da Verdade – Cláudio Fonteles, Gilson Dipp, José Carlos Dias, João Paulo Cavalcanti Filho, Maria Rita Kehl, Paulo Sérgio Pinheiro e Rosa Maria Cardoso da Cunha – foram escolhidos pela competência e pela capacidade de entender a dimensão do trabalho que vão executar.
“Ao convidar os sete brasileiros que aqui estão e que integrarão a Comissão da Verdade, não fui movida por critérios pessoais nem por avaliações subjetivas. Escolhi um grupo plural de cidadãos, de cidadãs, de reconhecida sabedoria e competência. Sensatos, ponderados, preocupados com a justiça e o equilíbrio e, acima de tudo, capazes de entender a dimensão do trabalho que vão executar. Trabalho que vão executar – faço questão de dizer – com toda a liberdade, sem qualquer interferência do governo, mas com todo apoio que de necessitarem”, disse a presidenta.
Na cerimônia, a presidenta também falou sobre a Lei de Acesso à Informação, que passa a vigorar a partir de hoje, junto com a Comissão da Verdade.
“A nova lei representa um grande aprimoramento institucional para o Brasil, expressão da transparência do Estado, garantia básica de segurança e proteção para o cidadão. Por essa lei, nunca mais os dados relativos à violações de direitos humanos poderão ser reservados, secretos ou ultrassecretos”.
Foto: Roberto Stuckert Filho